Fórmula 1 estende GP da Azerbaijão até 2030

Fórmula 1 estende GP da Azerbaijão até 2030
vitor augusto 21 set 2025 12 Comentários Esportes

Acordo firmado neste sábado entre os organizadores da Fórmula 1 e o governo da República do Azerbaijão assegura que o Grand Prix de Baku permaneça no calendário até 2030. A extensão de quatro anos adicionais garante ao circuito urbano de Baku, conhecido como Baku City Circuit, um lugar fixo nas próximas temporadas. O anúncio foi confirmado pela própria administração do circuito e já circulou nas redes como um sinal de estabilidade para a temporada de corridas.

Stefano Domenicali, CEO da categoria, elogiou as peculiaridades do traçado. Segundo ele, a combinação única de longas retas, que chegam a mais de dois quilômetros, com curvas estreitas que serpenteiam pelo antigo bairro histórico cria corridas imprevisíveis e empolgantes. “Esta pista entrega um espetáculo de ação a cada volta”, afirmou o executivo, ressaltando que Baku gera momentos que raramente se repetem em outros circuitos.

Domenicali destacou ainda que a renovação demonstra a confiança mútua entre a Fórmula 1, o governo azeri e os promotores da corrida. Esse alinhamento abre caminho para novos investimentos, tanto na infraestrutura do próprio circuito quanto em projetos de mobilidade e segurança na cidade. Além disso, a parceria reforça o compromisso de levar o automobilismo de alta performance a novos públicos.

Baku: história e características do circuito

O Baku City Circuit tem 6 quilômetros de extensão e foi desenhado para aproveitar a orla marítima e as vielas medievais de Baku. A parte mais famosa é a reta principal, que corta a avenida de retórica e permite que os carros atinjam mais de 360 km/h, seguida por uma sequência de curvas técnicas que exigem muita precisão. O traçado ainda inclui a famosa “turn 8”, uma curva de 180 graus que corta o coração da Cidade Velha, onde o asfalto estreito testa a capacidade de frenagem dos pilotos.

Em 2024, a corrida atraiu espectadores de mais de 70 países e regiões, gerando um público televisivo de 66 milhões de pessoas ao redor do mundo. Nas plataformas digitais, a transmissão ao vivo registrou picos de até 12 milhões de visualizações simultâneas, e as hashtags relacionadas ao GP de Baku movimentaram o Twitter em mais de 15 milhões de interações. Esse alcance impressionante demonstra a força do evento como um atrativo global.

Impacto econômico e futuro do GP

Impacto econômico e futuro do GP

Desde a estreia em 2016, o Grand Prix da Azerbaijão se consolidou como um dos palcos mais imprevisíveis do calendário. Em oito edições, sete pilotos diferentes subiram ao pódio, e apenas Sergio Pérez conseguiu vencer duas vezes. Os vencedores incluem Lewis Hamilton, Max Verstappen, Oscar Piastri, Charles Leclerc e outros, totalizando sete pilotos diferentes nos oito anos.

A primeira edição em 2016 marcou o tom, com diversos incidentes, troca de líderes e um final cheio de drama entre Nico Rosberg e Sebastian Vettel. Em 2021, uma colisão entre o líder Max Verstappen e outro carro trouxe um safety car inesperado, reforçando a reputação de Baku como palco de reviravoltas. Em 2023, Oscar Piastri surpreendeu ao aproveitar uma estratégia de pit stop diferente e conquistar sua primeira vitória em uma corrida de rua.

A presença do GP gera um impulso significativo para o setor hoteleiro e de serviços de Baku. Hotéis registram aumento de 30% nas reservas nas semanas que antecedem a corrida, e restaurantes relatam picos de movimento, especialmente nas áreas próximas ao circuito. O governo azeri tem investido em melhorias de infraestrutura, como a renovação da rede de transporte público e a modernização de vias que atendem tanto aos locais quanto aos visitantes internacionais.

A prorrogação até 2030 abre espaço para que os organizadores planejem melhorias no traçado, incluindo áreas de escapamento mais amplas e upgrade das zonas de escape para aumentar a segurança. Também estão em discussão projetos de iluminação noturna, que permitiriam que a corrida fosse realizada à noite, acrescentando um espetáculo visual ao já vibrante ambiente da cidade. O objetivo é manter Baku na vanguarda das pistas de rua, combinando tradição e inovação.

Os fãs já começam a marcar o calendário, ansiosos pelas próximas edições que prometem novos recordes de velocidade e mais surpresas nas ultrapassagens. Com a certeza de que o GP da Azerbaijão seguirá no calendário da Fórmula 1 pelos próximos anos, a expectativa é de que Baku continue atraindo espectadores, patrocinadores e talentos do automobilismo mundial.

12 Comentários

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    Caio Malheiros Coutinho

    setembro 22, 2025 AT 07:05

    Isso é só mais um truque do capitalismo pra vender mais ingressos e tapar os buracos da economia azeri.

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    Vanessa Avelar

    setembro 23, 2025 AT 20:57

    Se o circuito é tão perigoso, por que não fazem uma versão mais segura?

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    Iago Moreira

    setembro 25, 2025 AT 00:02

    Essa pista é pura loucura. Um carro passando a 360km/h em meio a prédios antigos? Meu coração já bate mais rápido só de pensar.

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    Quézia Matos

    setembro 26, 2025 AT 02:56

    Tem gente que não entende que o Baku é o único lugar onde o caos vira arte. A pista é um labirinto vivo, e os pilotos são os artistas que dançam nele. A F1 precisa de mais lugares assim, não menos.


    Quem diz que é perigoso esquece que o risco faz parte da emoção. Se quiser segurança, vá ao shopping.


    E olha só: os investimentos em transporte público? Isso é legado real. A corrida não só traz turistas, ela transforma a cidade.


    Na minha cidade, a gente sonha com uma pista dessas. Aqui só tem trânsito e buracos. Baku tá fazendo coisa certa.


    Quem reclama da segurança esquece que os carros hoje são tanques com asas. E os pilotos? São os melhores do mundo. Eles sabem o que fazem.


    Se o governo investe em infraestrutura pra receber a F1, é porque tá pensando no futuro. E não só no lucro. É orgulho.


    2030 é só o começo. Acho que em 2035 a corrida vai ser à noite com drones iluminando a pista. Vai ser épico.

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    Emily Medeiros

    setembro 26, 2025 AT 23:47

    nao acho q a f1 e um esporte e sim um show de marketing com carros caros e pilotos que ganham mais q presidentes


    mas o baku e lindo mesmo e a pista e unica


    se a gente tivesse um gp assim no brasil a gente ia amar

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    Ricardo Megna Francisco

    setembro 28, 2025 AT 15:24

    Interessante ver como o evento gera impacto real na cidade. O aumento de 30% nas reservas de hotéis é um indicador claro de valor econômico. E o fato de 7 pilotos diferentes vencerem em 8 anos mostra que o traçado realmente nivelou o jogo.

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    Breno Pires

    setembro 29, 2025 AT 21:23

    É imprescindível reconhecer que a renovação do contrato representa um marco na diplomacia esportiva entre nações. A Fórmula 1, enquanto plataforma global, promove não apenas competição, mas também cooperação infraestrutural e cultural. A persistência do GP na Azerbaijão é um exemplo de sinergia entre entretenimento e desenvolvimento urbano sustentável.

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    Claudio Alberto Faria Gonçalves

    outubro 1, 2025 AT 03:28

    Claro, até 2030... mas e se em 2027 o governo azeri cair e o novo presidente mandar fechar tudo? E se o petróleo desvalorizar e eles precisarem vender o circuito pra pagar dívidas? E se o clima esquentar tanto que o asfalto derreta durante a corrida? Ninguém pensa nisso, só falam de 'espetáculo'.


    Eu acho que a F1 tá fingindo que isso é um legado, mas na verdade é só mais um patrocínio disfarçado de cultura. Eles nem sabem onde fica Baku, só sabem que tem um lugar onde os carros passam rápido e o povo paga para ver.


    Se quiserem segurança, que aumentem as áreas de escape. Se quiserem legado, que construam escolas. Mas não me venham com essa história de 'tradição' quando a pista foi feita em 2016 e ainda tá cheia de buracos.


    Aliás, alguém já viu o preço do ingresso? É mais caro que um voo pra Europa. Quem paga isso? Um monte de gente que acha que ver um carro passar é status. Eu prefiro assistir no celular, de pijama, com pipoca.


    Enfim... se o governo quer investir, que invista em saúde. Mas se querem corrida, que façam. Só não me enganem com discurso de 'cultura'.


    2030? Acho que em 2028 já vai ter um tweet viral dizendo que a F1 sumiu da Azerbaijão porque o presidente foi deposto. E aí todo mundo vai esquecer.


    Eu só espero que quando a corrida for à noite, não fiquem todos dormindo. Porque se for assim, a gente vê um carro passando e já tá na próxima volta.


    Enfim... eu vou torcer pro Pérez ganhar de novo. Só porque ele é o único que parece que não se importa com o caos.

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    Letícia Ferreira

    outubro 1, 2025 AT 23:01

    Eu acho que o que mais me emociona no GP da Azerbaijão não é a velocidade, nem os pit stops, nem mesmo as ultrapassagens impossíveis... é o contraste. É ver o asfalto da pista se misturando com as paredes de pedra de uma cidade que tem mil anos. É ver o futuro correndo em cima do passado. É isso que torna Baku único. Nenhum outro circuito tem essa alma. Nenhum outro lugar no mundo deixa o carro parecer um intruso tão belo.


    Quando eu assisto, eu não vejo só corrida. Eu vejo uma ponte. Entre épocas. Entre culturas. Entre o que é efêmero - o carro, o piloto, a volta - e o que é eterno - a cidade, o vento do mar Cáspio, as luzes antigas das janelas que ainda iluminam os quartos de famílias que vivem ali desde o século XIII.


    É por isso que eu acho que a extensão até 2030 não é só um negócio. É um ato de respeito. Um gesto de que, mesmo no mundo acelerado da F1, ainda há espaço para história. Para memória. Para silêncio entre os motores.


    Se a gente continuar construindo só para o futuro, esquecemos de onde viemos. Baku não esquece. E por isso, ela merece estar aqui. Por mais 10 anos. Por mais 20. Até que o próprio asfalto comece a contar histórias.

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    Stenio Ferraz

    outubro 2, 2025 AT 21:38

    Ah, claro. Mais quatro anos de ‘espetáculo’. Enquanto isso, em São Paulo, a gente ainda tá tentando convencer o governo a colocar um semáforo decente na Avenida Paulista. Enquanto Baku investe em iluminação noturna e escapamentos de segurança, aqui a gente comemora quando o asfalto não está cheio de crateras.


    É fascinante como a F1 consegue transformar uma cidade em um palco de cinema, enquanto aqui em casa, um simples mutirão de asfaltamento vira uma crise nacional. Onde está o investimento público em infraestrutura esportiva? Ah, sim - na Fórmula 1, claro. Mas só fora do Brasil.


    É uma ironia tão grossa que até o Max Verstappen teria que rir. E ele não ri. Ele só acelera. E sabe por quê? Porque ele sabe que o verdadeiro esporte não é o que acontece na pista. É o que acontece fora dela. E Baku está fazendo direito. Nós? Estamos fazendo de conta.


    Parabéns, Azerbaijão. Vocês estão ensinando o mundo como se faz. E nós? Nós estamos só assistindo, com pipoca na mão, reclamando que o preço do ingresso é alto. Mas se a gente tivesse um circuito assim, não reclamaríamos. Pagaríamos o dobro. E ainda agradeceríamos.

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    Debora Silva

    outubro 4, 2025 AT 11:12

    se a corrida for a noite vai ser lindo tipo um filme de sci fi


    mas e se o povo de baku nao quiser mais a corrida


    nao da pra forcar cultura

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    Iago Moreira

    outubro 5, 2025 AT 14:11

    Se a corrida for à noite, eu vou dormir na frente da TV. Mas se for dia, eu tô lá, de pijama, com o café quente e o celular no modo avião. Só o som dos motores. É terapia.

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