Conexão Globoplay leva acesso digital e cultura a Rio das Flores no sábado, 13/09

Conexão Globoplay leva acesso digital e cultura a Rio das Flores no sábado, 13/09
vitor augusto 30 out 2025 17 Comentários Cultura e Sociedade

Na tarde de sábado, 13 de setembro de 2025, o Rio das Flores se transformou num ponto de conexão entre tecnologia e tradição. No Parque de Exposições, no centro da cidade, moradores de todas as idades se reuniram para experimentar, aprender e se divertir com o projeto Conexão Globoplay, uma iniciativa da TV Rio Sul em parceria com a Globo. O evento, que durou das 14h às 18h, não foi só uma promoção de streaming — foi um ato de inclusão digital em uma região que, apesar da beleza natural, ainda enfrenta lacunas tecnológicas.

Uma tenda, mil histórias

No coração do parque, uma tenda colorida funcionava como centro de operações. Lá, técnicos da TV Rio Sul ensinavam passo a passo como acessar o Globoplay em celulares, tablets e smart TVs. Não era só instalar o app: era explicar por que vale a pena. “Muitos aqui nunca tiveram acesso a um conteúdo local de qualidade”, disse uma das monitoras, que preferiu não se identificar. “Agora, podem ver o jornal da região, os documentários sobre a Costa Verde, até os programas da nossa emissora — tudo de graça.” Quem baixava o app e se registrava levava um brinde exclusivo: uma mochila com logotipo do Globoplay e um calendário com fotos da região.

Artesanato, capoeira e a banda da cidade

O evento não se limitou à tecnologia. Um workshop especial foi montado para artesãos locais, ensinando como usar redes sociais e o próprio Globoplay para vender seus produtos — um jeito prático de transformar cultura em renda. Enquanto isso, no palco montado ao ar livre, a Banda Municipal do Rio das Flores tocou marchas e valsas que fizeram até os mais velhos balançarem a cabeça. Capoeira, karatê e danças folclóricas completaram o calendário cultural. “Isso aqui é o que a gente chama de ‘cultura que não se compra’”, disse Dona Maria, 72 anos, que veio de bairro distante só para ver a apresentação da escola de capoeira do seu neto. “A gente não tem cinema, mas hoje teve música, teve dança, teve tecnologia. É como se a cidade tivesse crescido de um dia para o outro.”

Um projeto que já passou por Angra e vai para Vassouras

Este foi o segundo evento da série Conexão Globoplay. O primeiro aconteceu em Angra dos Reis, no dia 5 de setembro, no Calçadão da Praia do Anil. Lá, além das demonstrações, houve uma mesa-redonda sobre turismo e comunicação, com a participação de Rovany Araújo, apresentador do “Programão de Sábado”, e autoridades estaduais. A próxima parada, conforme confirmado pelo cronograma da TV Rio Sul, será em Vassouras, no Mirante Imperial. “A ideia é cobrir os 24 municípios da nossa área de atuação”, explicou o diretor de operações da emissora. “Nós não somos só uma TV. Somos um elo entre o governo, a cultura e o cidadão.”

Por que isso importa para o interior do Rio

Enquanto grandes centros urbanos têm acesso a internet de alta velocidade e plataformas digitais, cidades como Rio das Flores, Paraty, Barra Mansa e Resende ainda lutam contra a exclusão digital. A TV Rio Sul — afiliada da Globo — entende que a tecnologia não é só um luxo. É um direito. E o Conexão Globoplay é uma forma de entregar esse direito sem burocracia, com carinho. O projeto também se conecta a outras ações da Globo, como a “Caravana Musical nas Escolas”, que chegou às salas de aula em julho. Aqui, o foco é outro: não é só ensinar música, é ensinar a se conectar.

Quais são os próximos passos?

A TV Rio Sul planeja transformar o Conexão Globoplay em um programa permanente, com edições trimestrais em cada município. A meta é criar uma “rede de usuários ativos” — não apenas espectadores, mas participantes. Em breve, será possível enviar vídeos locais para exibição na emissora, participar de enquetes sobre programação e até sugerir pautas. “Queremos que a comunidade se sinta dona do conteúdo”, diz um dos coordenadores. E isso, talvez, seja o maior legado desse projeto: não apenas levar a TV ao interior, mas trazer o interior à TV.

Frequently Asked Questions

Como o Conexão Globoplay ajuda na inclusão digital de municípios pequenos?

O projeto oferece treinamento prático, acesso gratuito a conteúdo local e suporte técnico direto, eliminando barreiras como falta de conhecimento e infraestrutura. Em Rio das Flores, por exemplo, 87% dos participantes que nunca tinham usado o Globoplay conseguiram se cadastrar no evento, segundo dados da TV Rio Sul. Isso reduz a dependência de plataformas externas e fortalece a identidade regional.

Quais cidades já receberam o Conexão Globoplay e quais virão a seguir?

Após Angra dos Reis (5/9) e Rio das Flores (13/9), o próximo destino é Vassouras, no Mirante Imperial. A TV Rio Sul planeja visitar todas as 24 cidades de sua área de cobertura, incluindo Paraty, Barra Mansa, Volta Redonda, Resende e Itatiaia. O cronograma completo será divulgado até outubro, com eventos agendados a cada dois meses.

O que os artesãos aprenderam no workshop?

Eles aprenderam a fotografar seus produtos, criar vídeos curtos para redes sociais e publicar diretamente no Globoplay, que agora permite a exibição de conteúdos locais. Um artesão de cerâmica de Rio das Flores já registrou seu canal e, em 48 horas, recebeu 12 pedidos de clientes de São Paulo. A iniciativa transforma o artesanato em negócio digital, sem intermediários.

Por que a Globo está investindo em regiões fora das grandes cidades?

A Globo busca ampliar sua base de assinantes em áreas subatendidas, onde o consumo de streaming ainda é baixo. Mas também cumpre um compromisso social: segundo a própria empresa, 62% dos brasileiros que vivem em municípios com menos de 50 mil habitantes não têm acesso regular a conteúdos culturais locais. O Conexão Globoplay é uma resposta a essa desigualdade.

O evento foi gratuito? Havia necessidade de inscrição?

Sim, todo o evento foi gratuito e aberto ao público. Não foi necessário se inscrever antecipadamente — bastou aparecer. A única exigência para receber o brinde era baixar o app do Globoplay e criar uma conta, o que pode ser feito em menos de cinco minutos com ajuda dos monitores. Cerca de 1.200 pessoas participaram, e 83% completaram o cadastro.

Como a TV Rio Sul planeja manter o engajamento após o evento?

A emissora criou um canal no YouTube exclusivo para conteúdos regionais e vai publicar mensalmente vídeos produzidos pelos próprios moradores. Além disso, um aplicativo local está em desenvolvimento, que permitirá acessar a programação da TV Rio Sul mesmo sem sinal de TV aberta. O objetivo é manter a conexão viva — e não só durante o evento, mas todos os dias.

17 Comentários

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    Thiago Silva

    novembro 1, 2025 AT 02:26

    Isso aqui é o tipo de coisa que a gente sonha ver no interior! Não é só botar um app no celular, é devolver a dignidade de ver a própria cultura na telinha. Quando vi as fotos da banda tocando e as vovós aprendendo a usar o Globoplay, quase chorei. Isso aqui é o que o Brasil precisa, não só mais Netflix e TikTok.

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    Sandra Blanco

    novembro 2, 2025 AT 06:18

    Isso é só propaganda da Globo. Eles querem mais assinantes, não ajudar ninguém.

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    Willian Paixão

    novembro 2, 2025 AT 19:01

    Eu fui em Angra e fiquei impressionado. Os monitores não só ensinavam a instalar, mas ficavam com a gente até o cadastro ser feito. Tem gente que nunca tinha usado um celular com internet, e agora tá assistindo documentário da Costa Verde. Isso muda vida. E o brinde? Foi só pra quebrar o gelo. O real presente é o acesso.

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    Bruna Oliveira

    novembro 4, 2025 AT 13:06

    Conexão Globoplay? Que nome ridículo. É só marketing de baixo nível disfarçado de inclusão. Vocês acham que colocar uma mochila na mão de alguém em Rio das Flores é democratizar cultura? A Globo não tem nada a ver com cultura local. Ela vende narrativas. E isso aqui é só mais uma campanha para enganar o interior.

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    Rayane Martins

    novembro 5, 2025 AT 14:56

    Isso é só o começo. Agora que eles viram que dá pra fazer isso, vão replicar em todos os lugares esquecidos. E não é só o app. É o empoderamento. Artistas locais vendendo direto. Jovens criando vídeos. A TV Rio Sul tá agindo. E isso é raro. Parabéns.

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    gustavo oliveira

    novembro 5, 2025 AT 19:55

    Eu sou de Paraty e a gente tá esperando isso há anos. O artesão que fez o meu colar de semente? Ele já mandou vídeo pro Globoplay e ganhou 5 pedidos de São Paulo. Isso não é tecnologia. É liberdade. E o melhor? Ninguém te cobrou nada. Só pediu pra você tentar.

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    Caio Nascimento

    novembro 7, 2025 AT 08:22

    É importante, sim. Mas também é preciso lembrar que a infraestrutura de internet ainda é péssima em muitos lugares. Eles ensinaram a usar o app, mas e se a conexão cair a cada 2 minutos? Isso não resolve o problema estrutural. Só dá uma sensação de solução.

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    Rafael Pereira

    novembro 7, 2025 AT 19:54

    Se vocês acham que isso é só um evento, estão enganados. O que aconteceu em Rio das Flores é o modelo do futuro. Eles não estão só levando conteúdo. Estão construindo uma ponte. E essa ponte tem nome: comunidade. A gente não precisa de grandes investimentos. Precisa de gente que se importa. E a TV Rio Sul se importa.

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    Naira Guerra

    novembro 9, 2025 AT 07:14

    Outra vez a Globo se aproveitando da pobreza. Eles não estão ajudando. Eles estão recrutando. Depois vão cobrar por isso. Espera só.

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    Francini Rodríguez Hernández

    novembro 10, 2025 AT 09:05

    minha vó assistiu o jornal da região pela primeira vez e falou: 'não acredito que eu tô vendo a dona maria da padaria na tv!' isso é magia, não tecnologia. eu chorei no meio da praça. obrigada, tv rio sul.

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    Manuel Silva

    novembro 11, 2025 AT 10:40

    eu fui no evento e ajudava as pessoas a instalar. um cara de 68 anos, que nunca tinha usado smartphone, conseguiu criar a conta e assistiu um documentário sobre a floresta da região. ele disse: 'nunca vi isso antes'. isso é o que importa. não o número de brindes. é o olhar dele.

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    Flávia Martins

    novembro 12, 2025 AT 17:52

    sera que o app funciona no celular da minha tia? ela tem um android de 2017 e a internet é lenta. e o workshop de redes sociais foi só pra quem tinha celular? pq eu vi muita gente sem celular

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    José Vitor Juninho

    novembro 12, 2025 AT 23:42

    Quero deixar claro: não sou contra o projeto. Mas também não acredito que um evento de quatro horas mude a realidade. A internet é cara, os dados são caros, e os aparelhos velhos não rodam app. Isso é bonitinho, mas não é solução. É um gesto. E gestos, por mais bons que sejam, não pagam conta.

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    Maria Luiza Luiza

    novembro 13, 2025 AT 18:41

    Claro, claro. A Globo veio salvar o interior. E eu sou a rainha da Inglaterra. Quando é que eles vão fazer isso em favelas? Ou em comunidades quilombolas? Não. Só em cidades que têm foto bonita e turista. Isso é turismo de caridade.

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    Sayure D. Santos

    novembro 13, 2025 AT 18:44

    A dinâmica de engajamento com conteúdo local é um avanço paradigmático na mediação cultural. A descentralização da produção midiática é um vetor de empoderamento simbólico. O formato híbrido de evento presencial com plataforma digital representa um novo paradigma de acessibilidade mediática.

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    Gustavo Junior

    novembro 14, 2025 AT 02:14

    Essa 'inclusão' é um farsa. Vocês acham que colocar uma mochila na mão de uma pessoa que não tem energia elétrica constante é ajudar? Isso é pura performance. A Globo quer lucrar com o interior, não salvar ninguém. E ainda querem aplausos por isso?

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    Henrique Seganfredo

    novembro 15, 2025 AT 11:00

    Brasil é Brasil. Sempre tem que ter um evento bonitinho pra mostrar que o governo e a Globo se importam. Mas ninguém resolve a realidade. Internet de verdade? Energia? Educação? Não. Só um app e uma mochila. Fazem isso em Rio das Flores, mas em Manaus? Nem pensar.

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