Reviravolta histórica no Avellaneda
Na tarde de sábado, o Racing Club transformou o que parecia ser mais um fim de campanha para o Peñarol em uma noite inesquecível. O jogo de volta dos oitavos de final da Copa Libertadores, disputado no Estádio Presidente Perón, terminou 3 a 1 para o time argentino, revertendo o placar agregado que havia ficado 2 a 1 a favor dos uruguaios após o primeiro encontro.
Os primeiros minutos foram marcados por pressão ofensiva do Racing. Já aos 7 minutos, Adrián "Maravilla" Martínez abriu o placar, colocando a torcida em festa. O gol trouxe esperança ao time, mas a reação do Peñarol não demorou: Nahuel Herrera, de cabeça, equalizou aos 15 minutos, trazendo o placar agregado para 2 a 2 e reacendendo as esperanças dos visitantes.
O duelo seguiu equilibrado, com chances de ambos os lados. Um momento crítico ocorreu quando Marcos Rojo viu seu gol anulado após revisão de VAR por falta cometida sobre Javier Méndez. A decisão deixou o Racing sem a vantagem que precisava, e o relógio avançava para os acréscimos.
Martínez acabou sendo o herói da partida. Aos 83 minutos converteu um pênalti, empatarndo o placar do confronto em 2 a 2 no agregado. O gol não só manteve viva a esperança, como também elevou o atacante ao patamar de maior artilheiro internacional da história do clube, com 17 gols na competição.
Quando o apito final ainda parecia distante, o drama chegou ao ápice. Na 93ª minuto, Franco Pardo subiu mais alto que a defesa e cabeceou firme na rede, selando a vitória por 3 a 1 e provocando um delírio na torcida. O árbitro Wilmar Roldán, do Colombia, teve uma noite intensa, lidando com o VAR, o pênalti e a decisão final que definiu o destino da partida.
Próximos desafios e impactos
Com a classificação, o Racing agora se prepara para enfrentar o Vélez Sarsfield nas quartas de final. O confronto promete outro duelo de gigantes argentinos, testando a consistência da equipe que acabou de demonstrar resiliência e capacidade de virar jogos nos minutos finais.
Para o Peñarul, a eliminação chega como um golpe duro. Apesar de criar boas oportunidades ao longo da partida, a falta de concretização nos momentos decisivos acabou por custar a campanha sul‑americana. Jogadores como Ignacio Sosa ainda terão que lidar com a frustração de um futuro que se fecha antes do previsto.
O técnico do Racing, ao final do jogo, elogiou a postura dos seus atletas: "Mostramos que nunca desistimos, que a vontade de vencer está presente em cada minuto. Esse gol de Pardo é a prova de que o esforço vale a pena". A diretoria do clube, por sua vez, celebrou a classificação como um marco importante para a história recente da equipe.
O próximo embate contra o Vélez será decisivo para quem tem ambições de chegar ao título. O Racing chega confiante, mas sabe que a competição não perdoa erros. Cada detalhe, desde a preparação física até a estratégia tática, será avaliado minuciosamente nos próximos dias.
Assim, a noite no Avellaneda ficará marcada não apenas pelo resultado, mas pela demonstração de que a Copa Libertadores continua sendo um palco onde sonhos podem mudar em um instante, e onde a paixão dos torcedores se traduz em momentos eternos.
Fabi Aguinsky
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