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Violência Doméstica – o que é, como reconhecer e onde encontrar apoio

Violência doméstica não é só agressão física. Ela pode aparecer como ameaças, controle financeiro, humilhações ou até manipulação emocional. Se você ou alguém que conhece sente medo, tem o telefone bloqueado ou depende financeiramente do agressor, já pode ser um sinal de abuso.

O primeiro passo é perceber o padrão. Uma briga isolada pode acontecer, mas quando a violência se repete, controla rotinas, impede contato com amigos ou impede que a pessoa trabalhe, estamos falando de violência doméstica. Fique atento a mudanças de humor, desculpas para ficar sozinho ou a necessidade constante de pedir permissão para sair de casa.

Quais são os direitos da vítima?

A Lei Maria da Penha garante medidas protetivas, como o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato e a garantia de uma casa segura. A vítima tem direito a atendimento gratuito nas delegacias especializadas, hospitais, centros de referência e nas defensorias públicas. Se houver risco imediato, disque 180 – o número da central de atendimento à mulher em situação de violência.

Além disso, o governo oferece apoio psicossocial, assistência jurídica e programas de reinserção no mercado de trabalho. Procure o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade; eles costumam ter vínculos com ONGs que dão suporte emocional e orientação sobre documentos.

Como denunciar e buscar ajuda

Denunciar pode parecer assustador, mas é essencial para romper o ciclo de abuso. Você pode ir à delegacia da mulher, ligar para a polícia (190) ou usar aplicativos de denúncia que permitem enviar fotos e áudios sem que o agressor saiba. Se tem medo de ser visto, use o modo anônimo ou peça a um amigo para ir com você.

Na prática, separe documentos importantes – RG, CPF, comprovante de residência – e guarde em um local seguro, como o bolso de um casaco ou na casa de alguém de confiança. Isso facilita a emissão de novas certidões, abertura de conta bancária e pedido de pensão alimentícia, caso necessário.

Não se esqueça de cuidar da sua saúde mental. Falar com um psicólogo, mesmo que pela internet, pode aliviar o peso da situação. Grupos de apoio, como o “Mulheres em Rede”, oferecem troca de experiências e reforçam a ideia de que você não está sozinha.

Se a violência ocorre na presença de crianças, elas também têm direito a proteção. O Conselho Tutelar pode intervir e garantir que o ambiente familiar seja seguro. Lembre‑se: proteger a criança é proteger todo o futuro da família.

Em resumo, reconhecer os sinais, conhecer os direitos e agir rápido são as chaves para sair de uma relação abusiva. Não deixe que o medo dite seu caminho. Procure ajuda, converse com alguém de confiança e use os recursos disponíveis. A vida vale muito mais do que o silêncio.

Caso de violência em clínica de São Paulo levanta alerta para conflitos conjugais envolvendo militares

Caso de violência em clínica de São Paulo levanta alerta para conflitos conjugais envolvendo militares

vitor augusto 23 mai 2025 0 Comentários Notícias

Um episódio de agressão envolvendo um sargento e sua esposa em uma clínica de São Paulo chama atenção para a recorrência de casos de violência doméstica dentro de relações militares. O incidente reabre discussões sobre a segurança nas clínicas e os desafios de lidar com conflitos conjugais entre membros das forças armadas.

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