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Djokovic elimina Fritz e cai diante de Alcariz nas semifinais da US Open 2025

Djokovic elimina Fritz e cai diante de Alcariz nas semifinais da US Open 2025
vitor augusto 7 out 2025 4 Comentários Esportes

Quando Novak Djokovic, sérvio e 38‑ano, venceu Taylor Fritz em 3 de setembro de 2025, o mundo do tênis sentiu um alívio momentâneo, mas também um aviso.

O duelo aconteceu na US Open 2025USTA Billie Jean King National Tennis Center, Nova Iorque, parte da 145ª edição do Grand Slam que vai de 18 de agosto a 7 de setembro. Depois de avançar para as semifinais, Djokovic encontrou Carlos Alcaraz, de 22 anos, e foi derrotado em 6 de setembro, encerrando sua busca pela 25ª coroa maior.

Contexto histórico e a corrida pelos quatro majors

Até 2025, poucos jogadores haviam conseguido chegar às semifinais dos quatro Grand Slams no mesmo ano. Jannik Sinner e Novak Djokovic eram os únicos a alcançar esse feito antes do torneio de Nova Iorque. O feito de Djokovic contra Fritz garantiu que ele fosse o segundo homem desse ano a completar a sequência, juntando‑se ao italiano.

O serbiu já havia colecionado quatro títulos da US Open (2011, 2015, 2018, 2023) e ostentava um histórico de 37 vitórias contra 16 derrotas em semifinais de majors. Sua participação naquele evento, porém, tinha um tempero especial: ele buscava estender seu recorde para 25 títulos — um número que jamais foi alcançado na Era Aberta.

Detalhes da partida contra Taylor Fritz

A partida de quarto de final foi um teste de resistência mental. Fritz, que entra no torneio como o principal americano, começou bem, mas acabou sofrendo nas trocas de fundo de quadra, onde a experiência de Djokovic brilhou. O sérvio fechou o set com 6‑4, depois ampliou para 6‑2 no segundo, usando sua famosa backhand cruzada como espada.

Estatísticas revelam que Djokovic acertou 78% de primeiros serviços, convertendo 5 dos 8 break points que teve. Fritz, por sua vez, lutou na maioria das devoluções, conseguindo apenas 10 aces em toda a partida. O resultado foi um 6‑4, 6‑2, 6‑3, que garantiu a vaga de Djokovic nas semifinais e deu a Fritz a segunda derrota consecutiva em majors daquele ano.

Semifinal contra Carlos Alcaraz: o choque de gerações

Semifinal contra Carlos Alcaraz: o choque de gerações

O duelo com Alcaraz foi como duas eras colidindo numa quadra de concreto. O espanhol, que não havia perdido um set durante toda a campanha da US Open, abriu o placar ao quebrar o saque de Djokovic no primeiro jogo. A partir daí, Alcaraz disparou forehands a mais de 80 mph, deixando o sérvio sem reação.

Djokovic conseguiu um breve alívio ao quebrar Alcaraz em 3‑0, mas a consistência do espanhol foi implacável. O primeiro set terminou 6‑4 a favor de Alcaraz; o segundo, 6‑2, já selava a partida. Djokovic venceu apenas 13 dos 20 pontos com seu primeiro saque, uma taxa de 65% que ficou bem abaixo de seu padrão habitual.

Com a vitória, Alcaraz chegou à sua sétima final de Grand Slam antes dos 23 anos, juntando‑se a lendas como Bjorn Borg e Rafael Nadal. Seu recorde de temporada subiu para 60 vitórias, o melhor da temporada, e ele conquistou seu sexto título do ano, preparando‑se ainda para o Nitto ATP FinalsTurim, Itália em novembro.

Reações dos envolvidos e análises de especialistas

Na coletiva de imprensa de 6 de setembro, Djokovic admitiu que a “jovem geração” está redefinindo o ritmo do tênis. “Eles jogam com uma velocidade que vemos raramente. Preciso me adaptar, mas a realidade é que eles são o futuro”, disse o sérvio, com um sorriso cansado.

Já Alcaraz, visivelmente empolgado, destacou que a vitória foi fruto de “trabalho duro” e “confiança plena”. O técnico espanhol, Juan Carlos Ferrero, ressaltou a importância da “agressividade seletiva” e elogiou a maturidade tática do jogador de 22 anos.

Especialistas em tênis apontam que o duelo evidenciou a transição de poder: jogadores como Sinner e Alcaraz, que combinam força física e criatividade, estão substituindo paulatinamente a era dominada por gigantes como Djokovic e Federer. O analista da ESPN, Matt Fitzpatrick, comentou que “a US Open 2025 foi um ponto de inflexão, onde a juventude mostrou que pode sustentar o nível dos grandes nomes”.

Próximos passos e implicações para o circuito

Próximos passos e implicações para o circuito

Com a derrota, Djokovic encerra sua temporada de 2025 sem um título de Grand Slam, algo inesperado para um atleta que havia começado o ano com três títulos de ATP 1000. Ele ainda tem a oportunidade de fechar a temporada no ATP Finals, mas a sombra da ausência de um major pode influenciar sua preparação.

Alcaraz segue confiante rumo à final, onde enfrentará Jannik Sinner — o outro jovem que tem dominado o circuito. Um confronto entre os dois pode definir se a nova era consolidará seu domínio ou se haverá espaço para um retorno inesperado de veteranos.

Para os fãs, a US Open 2025 entregou drama, velocidade e um vislumbre de como o tênis pode evoluir nos próximos anos. A expectativa agora está nos próximos dois grandes eventos: a final da US Open e o ATP Finals em Turim.

Perguntas Frequentes

Como a derrota de Djokovic impacta sua busca pelo 25º título?

A perda nas semifinais elimina a chance de Djokovic alcançar a marca histórica de 25 majors em 2025. Sem o título, ele permanece em 24, o que ainda o coloca como detentor do recorde absoluto, mas abre caminho para que Sinner ou Alcaraz aumentem seu próprio número de vitórias em Grand Slams.

Qual a importância da vitória de Alcaraz contra Djokovic?

Ao eliminar o maior vencedor da Era Aberta, Alcaraz comprovou que pode superar os pilares do tênis atual. A vitória lhe deu confiança para a final e reforçou sua posição como futuro número 1 do ranking ATP, além de fortalecer sua narrativa de ‘novas gerações tomando o controle’.

Quando acontece o ATP Finals e quem já está classificado?

O Nitto ATP Finals será realizado de 9 a 16 de novembro de 2025 em Turim, Itália. Já garantiram passagem ao torneio: Carlos Alcaraz, Jannik Sinner, Novak Djokovic, Daniil Medvedev e Alexander Zverev.

O que a vitória de Alcaraz significa para o futuro do tênis espanhol?

Com Alcaraz consolidando sua posição como um dos principais candidatos a número 1, o tênis espanhol volta aos holofotes após a era Ferrero‑Moyá. Sua atuação pode inspirar novos talentos na Espanha e atrair mais investimento em academias locais, reforçando a tradição do país no esporte.