Coby White leva Bulls a vitória emocionante sobre Lakers e chama de 'melhor jogo da carreira'

O guarda Coby White, de 25 anos, transformou uma noite de basquete em algo que vai ficar gravado na memória para sempre. Na quinta-feira, 27 de março de 2025, ele liderou o Chicago Bulls a uma vitória de 119-117 sobre o Los Angeles Lakers em um jogo que beirou a loucura — e ele mesmo disse: "Vou me lembrar disso pelo resto da vida". Com 36 pontos, 3 rebotes e 2 roubos de bola, White não apenas salvou o jogo, mas reescreveu o significado da sua temporada até aqui. A partida, disputada em um ambiente elétrico — provavelmente no United Center, em Chicago — foi o contraste perfeito entre caos e precisão: os Bulls marcaram apenas 17 pontos no terceiro quarto, mas explodiram com 44 no último, invertendo o placar e deixando o público em pé.

Um quarto para a história

O que tornou esse jogo tão especial não foi só o placar final. Foi como os Bulls chegaram lá. Depois de uma primeira metade sólida (32-22 no primeiro quarto), o time perdeu o ritmo. O Los Angeles Lakers pressionou, jogou com energia e chegou a liderar por 12 pontos no início do quarto final. Mas foi aí que Coby White, com o peso de uma temporada inteira nas costas, decidiu assumir o controle. Ele acertou um arremesso de três pontos de 25 pés, assistido por Kevin Huerter, que diminuiu a vantagem dos visitantes. Poucos segundos depois, passou para Nikola Vucevic, que encaixou uma enterrada fácil. Esses dois lances foram o início de uma corrida de 14-2 que virou o jogo. O técnico Billy Donovan não precisou gritar. Só olhou para o banco e sorriu — como quem já sabia que White estava pronto.

De volta ao jogo — e ao coração da equipe

White voltou da lesão em fevereiro, depois de meses parado. Antes disso, ele estava perdendo ritmo, com apenas 12 pontos de média em seus primeiros jogos. Mas nos últimos dez dias, antes de enfrentar os Lakers, ele já mostrava sinais de recuperação: 26 pontos e 7,5 assistências em dois jogos fora de casa contra Utah e Portland. O técnico Donovan, em entrevista ao Deadspin Brasil, já havia elogiado sua dedicação: "Acho que ele fez um trabalho tão bom quanto possível, se preparando para voltar". E agora? Agora, ele não só voltou — ele dominou. A vitória contra os Lakers foi sua melhor atuação da temporada, e a mais importante desde que foi selecionado como sétimo pick no draft de 2019.

Um time que respira outra vez

Com essa vitória, o Chicago Bulls subiu para 3-0 no Eastern Conference, com uma sequência de três vitórias consecutivas. Para uma equipe que viveu anos de reconstrução, isso é mais do que um bom começo: é um sinal de que o time finalmente está encontrando identidade. Já os Lakers, com 2-2, caíram em uma sequência de derrotas e mostraram fragilidade defensiva no fim do jogo — algo que pode custar caro no decorrer da temporada. A diferença entre os dois times não está só nos números. Está na alma. Enquanto os Lakers têm estrelas, os Bulls têm coragem. E Coby White, com seu olhar de quem não tem medo de nada, virou o símbolo disso.

Um legado em construção

A história do basquete em Chicago é feita de lendas: Jordan, Pippen, Rose. Mas agora, em um jogo comum de março, um jovem de 25 anos, nascido em Charlotte, Carolina do Norte, decidiu escrever seu próprio capítulo. Ele não é o MVP da liga — ainda. Mas em 48 minutos, ele provou que pode ser o coração de um time que acredita. O Chicago Bulls não ganhou apenas um jogo. Ganhou confiança. E White? Ele ganhou o respeito de todos que duvidaram que ele voltaria forte.

Por que isso importa para os fãs?

Porque o basquete não é só sobre títulos. É sobre momentos. Momentos em que um jogador, com tudo contra, decide não desistir. Momentos em que o público sente, na pele, que algo está mudando. Essa vitória não garante playoffs. Mas ela dá esperança. E em Chicago, onde o basquete é quase religião, esperança é o que mais falta — e o que mais vale.